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- Jorge de Oliveira
- Leiria, 1924 – Caxias 2012
O pintor Jorge de Oliveira nasceu a 5 de fevereiro de 1924 em Leiria.
Teve as suas primeiras lições em 1941 com o mestre aguarelista Jorge Maltiera e frequentou as Escolas de Belas Artes de Lisboa e do Porto.
Exibiu os seus trabalhos pela primeira vez na IX Exposição de Arte Moderna em 1944, participando a partir daí em diversos eventos artísticos, nomeadamente em 1946 na Exposição dos Independentes no Porto e na Exposição Geral de Artes Plásticas em Lisboa. Em 1948 tem a sua primeira exposição individual na Sociedade Nacional de Belas-Artes e em 1951 participa no Salão Primavera e na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
A sua obra é fortemente influenciada numa primeira fase pelo neorrealismo, destacando-se a série do ´Ciclo do Cimento´, conjunto de desenhos relacionados com as cimenteiras de Leiria, em que trabalha as cenas de “ (…) um operariado dinâmico, em acção, quase abstracto, fundido na sua envolvente maquínica, optando desse modo por soluções formais que lembram ainda a lição modernista, através de uma feliz fusão entre valores puramente abstractos e uma inspiração geometrizante (…).*
O seu percurso revela também a aproximação ao surrealismo, sendo que nas décadas de 60 e 70 se dedica ao aprofundamento da abstração, período que coincidiu com o seu afastamento da cena artística portuguesa e à qual só regressará no início da década de 2000.
Faleceu em Caxias a 6 de junho de 2012.
Em 2005 o Museu do Neo-Realismo organizou a exposição evocativa do cinquentenário do fim das Exposições Gerais de Artes Plásticas (1946-56), Um Tempo e Um Lugar, onde foram expostos alguns desenhos da sua fase neorrealista, assim como duas telas da sua primeira fase surrealista. Em 2007, uma das exposições inaugurais das novas instalações do Museu do Neo-Realismo, Uma arte do povo, pelo Povo e para o Povo, incluiu também algumas das suas obras.
O espólio de Jorge de Oliveira, entregue o Museu do Neo-Realismo em 2006, é composto por 97 documentos relativos, na maioria, às suas atividades (exposições individuais e coletivas) e receção da obra (críticas, notícias e outros), um desenho original e uma reprodução de pintura.
Fontes
HTTP://WWW.MUSEUARTECONTEMPORANEA.GOV.PT/PT/ARTISTAS/VER/55/ARTISTS
Catálogo Jorge de Oliveira, A Invenção Contínua – A Obra, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, Lisboa, 2013.
*David Santos, ArteCapital (https://www.artecapital.net/entrevista-95-david-santos)