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Museu do Neo-Realismo
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Exposições
- Homenagem do Centenário: Poeta José da Fonte Santa

Curadoria de Eduardo M. Raposo
José da Fonte Santa, o Poeta
José Jacinto Romão Guerreiro (1925/1998) conhecido por Fonte Santa, nome literário que veio a adoptar, era um homem admirável, com uma personalidade irresistivelmente sedutora e fascinante.
Evocá-lo no seu centenário é também lembrar uma geração que, fora das grandes cidades, não desistiu, através da criação literária e da cidadania, resistiu intervindo contra a ditadura, na defesa da liberdade. Opositor frontal ao Estado Novo, teve um empenhamento activo na luta política após a revolução, sem vínculo partidário, como compagnon de route do PCP.
Amigo íntimo de Manuel da Fonseca, exímio conversador e conhecedor das gentes transtaganas, participou nas tertúlias no Café Portugal e no Café Gelo, privando e correspondendo-se com autores decisivos das letras portuguesas.
Notabilizou-se sobretudo na poesia, na prosa e no desenho, com poemas e desenhos dedicados a Victor Jara, Bernardo Santareno, Agostinho Neto, Álvaro Cunhal, Carlos Paredes, ou Federico Garcia Lorca, publicou apenas a novela Silêncio Quebrado (1954).
A sua obra poética recorre com frequência a elementos da natureza que nos dão imagens de grande beleza. Dispersa em páginas literárias de jornais – Diário Popular e Diário de Lisboa – outras publicações periódicas regionais e locais, foram publicadas finalmente aquando da homenagem realizada em 1999.
Curador: Eduardo M. Raposo