- Museu do Neo-Realismo
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- Passageiro Clandestino | Mário Dionísio - 100 Anos
Curadoria de António Pedro Pita
No ano em que se assinala o centenário do nascimento de Mário Dionísio, o Município de Vila Franca de Xira, através do seu Museu do Neo-Realismo, homenageia o poeta, ensaísta, conferencista e pintor, nascido em Lisboa a 16 de Julho de 1916, com a exposição Passageiro Clandestino, com curadoria do Prof. Doutor António Pedro Pita, Diretor Cientifico do Museu do Neo-Realismo.
Licenciado em Filologia Românica em 1940 na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, Mário Dionísio foi professor do ensino secundário no Liceu Camões, ingressando depois do 25 de Abril na Faculdade de Letras (até 1986), como professor associado.
Figura de relevo do neorrealismo cultural português, Mário Dionísio desempenhou um papel importante na sua teorização. Destacando-se inicialmente como escritor, não deixando nunca de lado a criação literária, Mário Dionísio abraça também, a partir da década de 40 do séc. XX, a pintura (sua paixão), que passa a ter lugar primeiro no universo da sua criação.
Poeta ligado ao novo Cancioneiro, ficcionista, crítico literário e de arte, participou em diversas conferências e debates sobre arte, para além de intensa colaboração em diversos jornais e revistas, como a “Presença”, “Altitude”, “Revista de Portugal”, “O Diabo”, “Seara Nova” e “Vértice”.
Enquanto pintor, usou os pseudónimos de Leandro Gil e José Alfredo Chaves. A sua sensibilidade artística levou-o, não só a pintar, mas também a escrever sobre arte, deixando-nos uma obra importantíssima, “A Paleta e o Mundo”. Participou ativamente em inúmeras exposições coletivas e realizou a sua primeira exposição individual dedicada exclusivamente à pintura, em Lisboa e no Porto, em 1989. Prefaciou obras de diversos autores neorrealistas, como Manuel da Fonseca, Carlos de Oliveira, José Cardoso Pires, Alves Redol e Júlio Pomar, entre outros.