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- Ciclo de Cinema Neorrealista Comentado

M|i|MO - Museu da Imagem em Movimento - Leiria
Cine-teatro Miguel Franco (Leiria)
NO ÂMBITO DA PROGRAMAÇÃO CULTURAL DA EXPOSIÇÃO "ARTISTAS NA FÁBRICA - TEREZA ARRIAGA, JORGE DE OLIVEIRA, MANUEL FILIPE - 1943-1945."
CURADORIA DO MUSEU DO NEO-REALISMO
PROGRAMA PARA O PÚBLICO EM GERAL
- 08 FEVEREIRO, 21H30
- “SALTIMBANCOS” DE MANUEL GUIMARÃES
- com a presença de David Santos, Museu do Neo-Realismo
- “SALTIMBANCOS” DE MANUEL GUIMARÃES
- 09 FEVEREIRO, 16H00
- “O GRITO” DE MICHEANGELO ANTONIONI
- com a presença de Pedro Florêncio
- “O GRITO” DE MICHEANGELO ANTONIONI
- 10 FEVEREIRO, 18H30
- “MILAGRE EM MILÃO” DE VITTORIO DE SICA
- com a presença de Luciana Fina
- “MILAGRE EM MILÃO” DE VITTORIO DE SICA
- 11 FEVEREIRO, 18H30
- “FÁBRICA DO NADA” DE PEDRO PINHO
- com a presença do realizador Pedro Pinho
- “FÁBRICA DO NADA” DE PEDRO PINHO
APRESENTAÇÃO DOS FILMES PARA ESCOLAS POR FERNANDO MARQUES - MUSEU DO NEO-REALISMO
- 10 FEVEREIRO
- 10H00 ÀS 12H00
- SESSÃO 1 – “LADRÕES DE BICICLETA” DE VITTORIO DE SICA
- 14H30 ÀS 16H30
- SESSÃO 2 – “NAZARÉ” DE MANUEL GUIMARÃES
- 10H00 ÀS 12H00
- 11 FEVEREIRO
- 10H00 ÀS 12H00
- SESSÃO 3 – “ROMA, CIDADE ABERTA” DE ROBERTO ROSSELLINI
- 14H30 ÀS 16H30
- SESSÃO 4 – “A ESTRADA” DE FREDERICO FELLINI
- 10H00 ÀS 12H00
No âmbito de uma parceria entre o M|i|mo – Museu da Imagem em Movimento (Câmara Municipal de Leiria) e o Museu do Neo-Realismo (Câmara Municipal de Vila Franca de Xira), apresentamos o Ciclo de Cinema Neorrealista Comentado. Esta iniciativa integra-se na programação cultural da exposição Artistas na Fábrica – Tereza Arriaga, Jorge de Oliveira, Manuel Filipe – 1943-1945, com curadoria de Raquel Henriques da Silva e Emília Margarida Marques. Com a seleção deste conjunto de oito filmes, propõe-se uma reflexão sobre as conexões entre o cinema e as artes visuais, e a influência determinante do neorrealismo em cinematografias de diversas latitudes.
O Ciclo traz-nos desde os clássicos italianos, que ajudaram a afirmar definitivamente o movimento, até obras recentes que reinterpretam o real com uma visão dos nossos dias. Títulos como Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini, e Ladrões de Bicicletas (1948), de Vittorio De Sica, são pilares do neorrealismo italiano, retratando a vida quotidiana e as lutas sociais no pós-guerra com uma sensibilidade humanista e uma abordagem quase documental. Estes filmes não marcaram apenas a história do cinema, como continuam a ressoar como reflexões poderosas sobre a condição humana.
Por outro lado, a inclusão de obras de Manuel Guimarães, como Saltimbancos (1951) e Nazaré (1952), destaca a relevância do neorrealismo no contexto português. Guimarães é frequentemente considerado o realizador português que melhor incorporou, no cinema, os princípios desta corrente artística, focando-se nas vidas das classes desfavorecidas e nas desigualdades sociais, temas que ecoam na exposição Artistas na Fábrica.
Já A Fábrica do Nada (2017), de Pedro Pinho, representa uma visão contemporânea do realismo, demonstrando como as questões levantadas pelo neorrealismo – como a luta dos trabalhadores, a alienação e a crítica social – permanecem urgentes e relevantes. Este filme, ao lado dos clássicos, mostra a vitalidade e a atualidade das preocupações que enformaram esta corrente artística que nos continua a inspirar e a desafiar, seja enquanto criadores, seja enquanto espectadores.
Esta é uma oportunidade para os amantes de cinema refletirem sobre as múltiplas dimensões do real e as suas representações na cultura ou tão somente para ver ou rever algumas das melhores criações que a Sétima Arte nos tem oferecido.