- Museu do Neo-Realismo
- Acervo
- Coleção
- José Dias Coelho
- Pinhel, Guarda, 1923 – Lisboa, 1961
José Dias Coelho nasceu em Pinhel, Guarda, a 19 de junho de 1923. Foi escultor, desenhador e pintor.
A sua curta vida é marcada pela militância política na luta pela transformação social e pelo compromisso de combate ao salazarismo e também por um percurso artístico que o coloca entre os mais talentosos artistas da terceira geração modernista.
Dotado de um raro talento e sensibilidade, em 1942 muda-se para Lisboa, onde estuda primeiro Arquitetura e depois Escultura, a sua grande paixão, na Escola de Belas de Artes.
Ligado desde muito jovem à resistência ao regime salazarista, associou-se à Frente Académica Antifascista e ao MUD Juvenil, tendo aderido ao Partido Comunista Português em 1947. Em 1949 o apoio público à candidatura do General Norton de Matos resulta na sua detenção pela PIDE. Em 1955 é forçado a entrar na clandestinidade, deixando para trás a carreira artística. Tinha apenas 38 anos de idade quando a 19 de dezembro de 1961 foi assassinado pela PIDE.
A imagem de José Dias Coelho ficará ligada sobretudo à sua militância política, que resultou na sua trágica morte, imortalizada na canção de José Afonso “A morte saiu à rua”, remetendo para segundo plano o seu trabalho artístico, revelador de uma versatilidade estilística e processual assinaláveis, desde a prática da escultura, às áreas disciplinares da pintura e do desenho.
Em 2008 o Museu do Neo-Realismo organizou a Exposição O Desenho na obra de José Dias Coelho, que resultou no essencial da inventariação e do estudo do espólio artístico doado em 1997 ao Museu pela família de Dias Coelho, composto por um conjunto de obras de artes plásticas do autor (desenho, pintura e escultura), bem como por um caderno de poemas e 11 exemplares de obras de outros artistas.
Fontes
https://www.museudoaljube.pt/doc/jose-dias-coelho-2/
Catálogo da Exposição O Desenho na obra de José Dias Coelho, Museu do Neo-Realismo
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'Mãe do artista', 1951
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'Cabeça de Alves Redol', 1988 (original em gesso), 1951
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'Maternidade', 1954
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'Morte de Catarina Eufémia', 1954-1961
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'Prisioneiros políticos', 1955-1959
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'Rapaz com gato', cerca de 1958
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'Casal com filhos junto a um Ribeiro', cerca de 1952
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'Nu', 1940-1961
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'Retrato de Margarida Tengarinha', 1955-1961
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'Mãe do artista', cerca de 1950
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'Família', cerca de 1949
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'Maternidade', 1951
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'Sem título', 1951
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'Morte de Catarina Eufémia', 1954-1961
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'O pastor', sem data