- Museu do Neo-Realismo
- Acervo
- Coleção
- Júlio Pomar
- Lisboa, 1926 – Lisboa, 2018
Júlio Pomar, nome maior da pintura moderna portuguesa, nasceu em Lisboa em 10 de janeiro de 1926.
Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas-Artes de Lisboa e Porto, período durante o qual a sua obra e a sua ação política se manifestam paralelamente. Participou em 1942, em Lisboa, numa primeira mostra de grupo e realizou a primeira exposição individual em 1947, no Porto.
Com uma ação artística e cívica intensa, nos primeiros anos da sua atividade artística a ligação à luta contra o regime levou-a à prisão durante quatro meses e à apreensão de uma das suas obras pela polícia política.
Pioneiro do neorrealismo pictórico, transportou para a pintura e para o desenho temas da vida social, evocando o trabalho e também a pobreza das gentes humildes. É autor de algumas das suas obras mais paradigmáticas, designadamente O Gadanheiro (1945) ou O Almoço do Trolha (1946-50).
A partir de 1957 começou a distanciar-se da estética neorrealista, iniciando um percurso autónomo que se irá progressivamente libertando das fórmulas enunciadas nos postulados da arte social. Em 1963 instalou-se em Paris, iniciando um projeto plural a nível temático e expressivo, diversificando a sua prática da pintura, que se torna cada vez mais experimental. Passará a dividir o tempo entre Paris e Lisboa, até falecer, em 22 de maio de 2018, na sua cidade natal.
Em 2004 fundou uma Fundação com o seu nome e em 2013 inaugurou o Atelier-Museu Júlio Pomar, criado pela Câmara Municipal de Lisboa.
O Museu do Neo-Realismo dedicou-lhe várias exposições. Entre novembro de 2020 junho de 2021 esteve patente a Exposição Júlio Pomar- A obra gráfica numa coleção privada, que deu a conhecer a coleção privada do galerista Paulo Nunes (com obras produzidas entre os anos 50 e os anos 2000).
Fontes
https://www.ateliermuseujuliopomar.pt/julio-pomar/
Catálogo da exposição Júlio Pomar e a experiência neorrelista, Museu do Neo-Realismo, 2008.