'O rapaz do bombo', década de 1950 Joaquim Namorado
Óleo sobre contraplacado 62 x 46 cm Coleção Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo Em depósito no Museu do Neo-Realismo Nº de inv. AP - 158 (anterior 157)
Se num primeiro momento da sua produção plástica podemos salientar a primazia do desenho (a grafite, tinta da china, esferográfica, a sépia), demonstrando alguma versatilidade formal em momentos posteriores que apontaremos a partir da década de 50 do século XX, Joaquim Namorado continua a produzir muitos desenhos mas dedica-se simultaneamente à pintura, essencialmente a óleo e guaches, sendo de sublinhar o perfeito entendimento da estética moderna na compreensão do cubismo, pós-cubismo e do expressionismo. Na sua pintura encontramos alusões à infância, aos jogos e brincadeiras, bem como temas do quotidiano no trabalho e no lazer. O rapaz do bombo dá essa dimensão: um exercício de complexa geometrização, com sucessivos e sobrepostos planos preenchendo a composição, que traduz uma afincada procura de uma síntese entre o material e o imaginário.