- Museu do Neo-Realismo
- Acervo
- Coleção
- Vasco Pereira da Conceição
- Bombarral 1914 – Lisboa, 1992
Vasco Pereira da Conceição nasceu no Bombarral a 26 de fevereiro de 1914.
Em 1930, com apenas 16 anos, expõe pela primeira vez trabalhos de escultura nas Caldas da Rainha e nesse mesmo ano executa o seu primeiro Monumento à Aviação para o Largo dos Aviadores da Vila do Bombarral.
Opositor ao regime salazarista, esteve preso na Cadeia do Aljube, no Forte de Peniche e deportado na Prisão de S. João Baptista em Angra do Heroísmo, entre 1935 e 1938. Após a sua libertação frequentou a Escola Superior do Belas-Artes do Porto e a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde se diploma em 1946.
Ainda como estudante obtém a Bolsa Ventura Terra e uma Menção Honrosa da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) e participa na IX Missão Estética de Férias (Évora, 1945). No final dos anos 40 é eleito membro da Direção da SNBA. É membro da Comissão Organizadora das Exposições Gerais de Artes Plásticas (EGAP) e participa nas dez exposições realizadas, entre 1946 e 1956.Em 1948 casou com a escultora Maria Barreira e em conjunto realizaram várias obras, quer no Atelier da Rua da Alegria, que partilharam com Alice Jorge e Júlio Pomar, quer no seu atelier da Quinta de Vila Flor, em Lisboa. Juntos vão também para Paris, em 1958, como bolseiros da Fundação Calouste Gulbenkian.
Realizou inúmeros trabalhos por encomenda pública, monumentos vários e obras de estatuária, de cariz essencialmente evocativo e figurativo. Na sua obra, que oscila entre a figuração e abstração, está presente com particular relevo a temática da figura feminina e da maternidade. Dedica-se ainda à medalhística, tendo editado cerca de centena e meia de medalhas cunhadas e fundidas.Faleceu em Lisboa a 7 de maio de 1992.
Os escultores Maria Barreira e Vasco Pereira da Conceição têm um espólio conjunto, legado ao Museu do Neo-Realismo em testamento, que deu entrada em 2011, após o falecimento da artista em 2010, e formalizado em 2012. A esta doação de quadros, esculturas, desenhos, medalhas, gravuras e livros de arte juntou-se em 2021 várias caixas de documentação. Para além disto, existem vários bens destes escultores incorporados no acervo do MNR desde 1998, através de contrato de depósito com a APMNR, assinado em 2021.
Fontes
Catálogo da exposição Um tempo e um lugar, dos anos quarenta aos anos sessenta, dez exposições gerais de artes plásticas, Museu do Neo-Realismo, 2005.
https://www.facebook.com/FascismoNuncaMais/posts/3385270191582336/