Manuel Campos de Lima

Lisboa, 1916 – Barreiro, 1996

Manuel Campos de Lima nasceu em Lisboa a 8 de junho de 1916. Licenciado em Direito na Universidade de Lisboa, foi advogado, cronista, crítico e ensaísta.

Assumiu desde muito jovem um papel de relevo na resistência ao Estado Novo, tendo participado ativamente em todos os movimentos oposicionistas, o que o levou aos cárceres do fascismo. Usou o seu escritório de advocacia como espaço de encontros e reuniões da oposição. Foi dirigente nacional do MUNAF - Movimento Nacional de Unidade Antifascista, pertenceu ao MUD Juvenil, foi dirigente do Movimento CDE e integrou a comissão organizadora do III Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro em 1973.

Impulsionador do movimento neorrealista na sua primeira fase, colaborou em diversos jornais e revistas, como O Diabo, do qual foi diretor, a Seara Nova ou o Globo, de que foi chefe de redação.

É autor de algumas experiências no domínio da poesia e prosa, mas a sua principal ação revela-se enquanto teorizador deste movimento, deixando amplas reflexões sobre o mesmo.

Faleceu no Barreiro a 25 de janeiro de 1996.

O Espólio Literário de Manuel Campos de Lima foi incorporado no Museu do Neo-Realismo em 1997, a partir dos materiais reunidos pela família do escritor e inclui originais de natureza crítico-ensaística e inéditos de contos e novelas. Em 2008 ocorreu a formalização da doação pelas herdeiras.
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Fontes
Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997.
https://www.facebook.com/FascismoNuncaMais/posts/manuel-campos-lima-1916-1996prestigiado-advogado-algarvio-destacou-se-desde-muit/817008828408498/
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